domingo, 22 de novembro de 2009

Ótima Notícia

Gostaria de agradecer a matéria publicada no Globo, feita pela Fernanda Calgaro. Conversamos por e-mail e telefone e ficou excelente.
A "novela" finalmente acabou, foi preciso entrar na justiça para explicar como funciona a Paralisia Cerebral, espero que o caso do Gui sirva de exemplo e abra portas para outras pessoas com os mesmos problemas.
Um abç
Regina

http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL1378266-5604,00.html

MEC autoriza jovem com paralisia cerebral a usar computador no Enem
Aos 17 anos, ele conclui o ensino médio e já fez ensino técnico.Ministério Público chegou a entrar com ação contra o Inep.
Fernanda Calgaro Do G1, em São Paulo
Depois de seis meses de muita insistência, um jovem com paralisia cerebral conseguiu autorização do Ministério da Educação (MEC) para usar um computador adaptado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Apesar da sua restrição motora, a capacidade cognitiva de Guilherme Finotti não foi afetada. Aos 17 anos, ele vai concluir o ensino médio regular neste mês e já terminou em julho o ensino técnico em informática. No entanto, para se comunicar, o computador é imprescindível. “Até eu, que sou mãe, muitas vezes não entendo o que ele fala. Então, peço para ele escrever”, conta a dona de casa Eunice Marili Finotti, 43 anos.
Por causa da deficiência, ele não consegue abrir totalmente a mão. Para usar o computador, ele depende de teclado e mouse especiais. Sobre o teclado normal, uma peça reta de acrílico transparente com furos é presa. Com uma caneta ou lápis, ele alcança as teclas e consegue digitar. No lugar do mouse, há um equipamento com botões grandes alinhados em série, que ele aperta para se movimentar na tela do computador.
Destaque entre os seus colegas na escola, Guilherme também desenvolve trabalhos de iniciação científica como bolsista numa instituição de ensino superior de Novo Hamburgo (RS), onde mora com o pai e a mãe. O seu primeiro projeto, que consistia num software para ajudar na alfabetização de crianças com paralisia cerebral, recebeu o prêmio de destaque no 4º Salão UFRGS Jovem 2009. Guilherme ainda foi medalha de prata na VII Olimpíada Brasileira de Astronomia.
Com a nota do Enem, o objetivo dele é conseguir uma bolsa de estudos do Programa Universidade para todos (ProUni) para cursar sistemas de internet numa instituição particular.

“Sem o Enem, as chances de ele cursar a faculdade acabariam ali. A mensalidade do curso é de mais de R$ 1.000, quase a renda mensal do meu marido, que trabalha como manobrista. Não teríamos condições de pagar. Hoje, ele já estuda com bolsa na rede particular”, diz Eunice.
Luta

Segundo a mãe, a luta para conseguir a autorização do computador adaptado começou em maio, antes mesmo da abertura das inscrições para o Enem. “Entrei em contato com o município e o estado, mas me disseram que teria de ser direto com o Ministério da Educação. Fiz inúmeras ligações para o Inep [instituto que aplica a prova], mas recebi um retorno de que não seria possível atender a minha solicitação."

A esperança dela foi renovada com o vazamento do exame, que aconteceria em outubro e precisou ser remarcado para dezembro. "Fui atrás da imprensa. Consegui o contato de um deputado que tentou me ajudar, mas até então não tinha tido uma resposta oficial do ministério.”

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