sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Iniciando a discussão...


" Pelo que fizeram se hão de condenar muitos, pelo que não fizeram, todos.

A omissão é um pecado que se faz não fazendo.”

Padre Antonio Vieira

Após trabalhar com paralisados cerebrais, constatei que muitas destas pessoas estão em Instituições de Educação Especial por preconceitos e problemas motores e que a informática é um forte fator de apoio para inclusão educativa. O principal problema é a falta de informação e formação de professores no ensino regular, para que possam dar a assistência necessária a esses alunos em suas aulas.

O despreparo dos professores, da escola e a falta de condições do ensino público no Brasil tem feito com que eu presencie verdadeiros absurdos em escolas que acreditam ser inclusivas. Em algumas escolas, os alunos com Necessidades Educacionais Especiais estão apenas “fazendo de conta” que estão incluídos, pois não existe interação entre eles e seus colegas e por ser um PNEE nada lhes é cobrado em termos de ensino-aprendizagem.



16 comentários:

Anônimo disse...

Regina, primeiramente parabenizo seu trabalho, ele é fantástico.
Li o Jornal da Feevale, mas nao tive oportunidade de comentar.

Para falar sobre inclusao preciso de muitas paginas e até mais tempo para organizar as ideias.

Na nossa historia a inclusao parecia uma coisa muito distante de se colocar em pratica.

Primeiro porque ela tem que ser abrangente, precisa comecar na familia e avancar para a sociedade e escola. Pelo menos assim eu entendo e assim vivenciamos.

Na nossa familia, entre primos de segundo e terceiro graus, nao havia qualquer qualidade de convivencia para nossa filha Ana Beatriz, que hoje tem 17 anos. Ela sempre ficava excluida das brincadeiras e mais tarde "para que ela nao sofresse" nós, os pais e avós, entendiamos que era melhor ela ficar em nossa companhia.

Ela sempre frequentou todos os lugares, do Mc Donald's a um restaurante mais refinado, sempre nos acompanhou em viagens, mas... nao dispensávamos uma atencao especial. Na verdade uma redoma para protege-la dos preconceituosos. Hoje, entendo diferente, eles existem, sao muitos, mas nao podemos vence-los dessa forma. NÓS TEMOS QUE INCLUIR.

A Ana estudou por um ano em um maternal onde pode ser incluida e foi uma fase muito importante de sua vida, lá ela se levantou e andou.

Depois, em razao de mudanca de cidade comecamos a procurar uma escola com a mesma proposta e nao encontramos. A idéia da imposicao é assustadora para mim, até hoje.

Frequentou escola especial e so fomos pensar em inclusao quando chegamos a NH.

Teve uma primeira tentativa muito complicada e fracassada, na qual pudemos vivenciar o medo do professor em encarar a responsabilidade de incluir, o "peso" de ter esse aluno de inclusao na sala de aula.

Na segunda tentativa, na Feevale, sabiamos das dificuldades mas, a vontade da Ana em realizar, aprender e explorar era tao forte que tínhamos que tentar.

Ela está na Feevale desde agosto/2003, posso dizer que alguns dos professores devem ter sentido o receio(que é normal), mas acredito que todos tenham tirado experiencias e tenham visto o quanto vale a pena tentar.

A evolucao dela é vista por todos e a inclusao é uma parede gigante em que é colocado um tijolinho a cada vez, por cada um, e a Ana tem colocado seus tijolinhos tambem.
Dessa forma, em alguns momentos que ela supera costumo dizer: ELA SE INCLUI.

Há a velha confusao entre incluir e integrar, como voce diz, "fazer numeros". Nós pais temos que sempre estarmos atentos a tudo isso e buscarmos uma sociedade inclusiva, porque faz parte da "grande inclusao" (isso inventei agora?!) e isso nós nao podemos abrir mao.

Incluir é uma luta diaria e compensadora para todos.

Anônimo disse...

Olá, Regina

Muito interessante esta tua iniciativa, principalmente pelo tipo do conteúdo, pois é muito difícil quando se fala sobre inclusão, mas nem por isso devemos deixar de lutar por este segmento.

Anônimo disse...

Parabéns pela iniciativa. Inclusão é um assunto bem importante.
Agora pode disponibilizar no seu blog alguns artigos que tu já publicou em anais e congressos, para as pessoas via teu blog.

Forte abraço e sucesso.

Fabrício

Anônimo disse...

Minha querida tu estás sempre inovando, não é mesmo? Como teu amigo de longa data sou suspeito em opinar aqui mesmo neste quesito. Você foi minha maior incentivadora... se sou o que sou hoje tu tens uma parcela bem significativa!!
Bem, vou me arriscar um comentário aqui neste teu novo "canal".
Eu acho que a questão da inclusão é controvertida, pode "dar" certo como também pode ser um fracasso total. No Ensino regular esta é uma questão delicada depende do caso e tenho relatos de pnes dizendo que as mesmas estão se recusando a aceitá-las. Remetendo-as ao ensino especial.

Em outros casos vejo mães indo em escolas particulares cheias de esperança e também nada conseguem. Frustrações, choros e, toda uma angústia... Questão realmente triste !

Resumindo: ainda estamos engatinhando na inclusão/integração.

Fui um fato isolado de sucesso mas não é a regra! Poucos conseguem e muitos ficam no meio do caminho pela falta de apoio ou até mesmo sensibilidade de um ou outro docente.

Abração,
teu sempre amigo, fã, e tudo mais,
Michel

Anônimo disse...

Rosana

Eu não sabia da sua finha. Pena não termos conversado antes, mas teremos o próximo semestre inteiro p/ isso. Ok?
Você poderá ajudar muitos pais com o relato de sua vivência.
Um grande []

Anônimo disse...

Carminha

Muito Obrigada pela visita.
Um []

Anônimo disse...

Oi Fabrício

Obrigada por ser o primeiro a participar do meu blog. Por favor divulgue p/ seus colegas do mestrado para que possamos "trocar figurinhas". Ok?
Um grande []

Anônimo disse...

Querido Michel

Muito obrigada por participar do meu blog.
Em primeiro lugar tu és um exemplo vivo de que a inclusão pode dar certo e depende do grau de compreensão da paralisia cerebral e da boa vontade dos professores. Por que o UNIFICADO te recebeu tão bem? E por que, um bom tempo depois, uma instituição de ensino superior te excluiu?
Eu tenho a maior admiração por ti, como ser humano. Tu és um grande amigo, que digita com os pés , e assim como eu te vejo eu gostaria e espero que todas as pessoas possam ver os pcs que estão chegando a cada dia. Aliás nunca pensei que houvessem tantos. Onde eles estavam? Escondidos?
Um grande []

Unknown disse...

Vamos conversar muito.
Um dos meus objetivos para 2008 é colaborar nesse segmento.

Um abraco.

Unknown disse...

Querida Regina, que iniciativa maravilhosa...Por todo meu carinho por você, acredite, de hoje em diante não escrevo mais DeficiEnte Eficiente, agora dEFICIENTE! que barato...Você é ótima.
gostaria de participar tb dessa bandeira: Inclusão!!! Seja ele qual for é um tema da maior importância. Se eu puder colaborar com um pouquinho da minha experiência em educação e de alguns trabalhos com outros "excluídos", como alcóolatras, dependente químicos, e hoje com a minha própia experiência de eDEFICIENTE visual...Parabéns!!!

Unknown disse...

Regina e todas(os) que estiverem lendo, algumas erratas: eu sou dEFICIENTE, e vota e meias esse olhinho aqui me engana no teclado(rsss). Amei estar aqui!

Anônimo disse...

Querida Renata


Que bom que gostastes do meu blog. Por favor, contribua com a tua experiência. Já tenho aprendido muito contigo sobre Glaucoma.
Um grande [] e bem-vinda

Unknown disse...

Denise Nunes comenta,
Professora Regina,

parabéns pelo lindo trabalho!

As poucas aulas que tive,na Unilasalle,me levaram a me interessar mais ainda por casos de pessoas com necesssidades especiais. E, isso hoje, veio acrescentar muito em mim como pessoa. Me sinto um ser melhor.

Pois só quem possui em sua falília alguém com necessidade especial ou quem por eles é tocado consegue perceber o quão especiais essas pessoas são. O quanto podemos aprender com eles, pois em sua maioria, são indivíduos que lutam pela vida, e em contrapartida, a aproveitam ao máximo.

Profª parabéns mais uma vez.
Com carinho...

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Querida Denise

Como vai o mano?
A tua sensibilidade em relação aos PNEEs já existia muito antes de nossas aulas. Pude observar que estavas sempre atenta a todas as questões que envolviam família e escola. O mais importante é que passe adiante o vírus da inclusão para seus colegas.
um grande [] e obrigada pela " visita"

Anônimo disse...

Parabéns Regina, gostei muito do seu blog. Infomações muito interessantes. Trabalho com a EAD e estou com um trabalho para conhcer blogs de educação.
Att. Karen