segunda-feira, 9 de maio de 2011

Indo e voltando

A inclusão é um eterno avançar e retroceder constante. Me sinto, muitas vezes, como se estivesse no início do meu trabalho. Quando dizia para pais e professores que os alunos com pc poderiam estudar numa escola regular e utilizar os recurso de tecnologia assistiva.

Infelizmente em 2011 a inclusão ainda não acontece em algumas escolas. Muitas dizem que não tem vaga para alunos cadeirantes ou com paralisia cerebral.

Um menina de 11 anos PC, que está na APAE, não é aceita em uma escola regular em frente a sua casa. Falei para a mãe dos direitos da menina e que se ela entrasse com uma ação ela conseguiria. Ela me disse que não colocaria a sua filha numa escola onde ela não fosse bem recebida. Aí segue o questionamento você colocaria?

4 comentários:

Unknown disse...

Ao me colocar no lugar dessa mãe, fica fácil entender a resistência que elas próprias exercem sobre a inclusão, afinal,é natural e compreensível que a mãe queira poupar seu filho ou filha dessa situação... situação em que ela acredita que sua filho se sentitia não aceito, não "bem vindo",um estorvo, um encômodo, um peso para a escola. Então, é como um circulo vicioso, e que causa exatamente essa sensação de que falas, de que o processo a favor da inclusão parece mal sair do lugar, andar a passos tão lentos que parece estar sempre voltando ao ponto de partida... é difícil quando há tantas forças contrárias, mas desejo que as forças a favor sejam sempre mais fortes e perseverm para mudar essa realidade.
Aluna Inclusão Educativa, semestre 2011 01 - Maisa Selbach

Vanessa Weber disse...

A resistência entre pais e escolas a respeito da inclusão infelizmente, ainda está muito presente no nosso dia a dia.
As escolas realmente estão despreparadas para receber alunos com deficiência, pois são exigidas e as vezes não recebem auxilio. Sabemos que para a maioria das licenciaturas a inclusão educativa não é muito tralhada. Porem isto não diminui a responsabilidade do professor em procurar promover a inclusão. É dever dele como educador se especializar e procurar meios de trabalhar com todas as crianças.
Além disso, como pai, o receio é muito grande em expor o filho a pessoas, professores e colegas, que ofereceriam um risco emocional para seus filhos, mas não enxergam que mantê-los afastados de uma vida considerada normal para todas as crianças também os esta afetando.

Vanessa disse...

Acredito que tomar uma decisão nessa situação deva ser muito díficil. Como mãe sei que meu filho deve ter todos os direitos como as demais crianças, porém o que fazer quando a escola logo não aceita meu filho e só torna a aceitá-lo quando está se ve "obrigada" a receber o aluno?!Acredito que eu primeiro irá ver se haveria outra escola que para mim também fossil acessivel, caso contrário, colocaria meu filho na escola, temos que mostrar que todos somos capazes. Vanessa Eltz-Estudante Inclusão Educativa, Feevale 2011

Andressa Fassbinder dos Santos disse...

Realmente isso se torna uma questão muito complicada de se refletir, afinal, como seria tratada essa criança, na escola regular depois de ter sido rejeitada, ou seja, estaria lá contra a vontade da direção, professores, enfim, como seria estimulada, que motivações teria... como aconteceria sua socialização?
Acredito que os professores são os grandes facilitadores da inclusão de fato acontecer nas escolas regulares, mas, como efetivamente acontecerá, se este exemplo, apresenta o total desinteresse nesse processo acontecer.