segunda-feira, 20 de junho de 2016

Matéria para a Band News feita pelo jornalista Felipe Peixoto

Após 3 anos desenvolvendo um projeto financiado pelo CNPQ,  eu e meus bolsistas conseguimos desenvolver 3 jogos digitais para serem usados com o BCI da Neurosky o Mindwave.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Link para a matéria do jornal Teledomingo

Aqui um link para a  matéria que o jornal Teledomingo, afiliada da Rede Globo no RS, publicou sobre meu projeto de pesquisa sobre Brain Computer Interface.


http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2013/10/estudo-permite-uso-de-computador-por-crianca-com-paralisia-no-rs.html


Matéria sobre meu projeto no Jornal da Band


Vídeo da matéria da TV Band sobre o meu projeto. Lamento que  tenham chamado a paralisia cerebral de doença e  o BCI de" leitor da mente". 

domingo, 25 de agosto de 2013

As APAES não serão fechadas

Gostaria de esclarecer algumas coisas ,em relação a nova política de Educação Inclusiva. 
As APAES continuarão existindo e os pais poderão ter a opção de colocar seus filhos lá no turno contrário da escola. As APAES, não são escola, são modalidade de ensino. Ou seja ninguém aqui teve um colega de faculdade, ensino fundamental ou médio que tenha vindo de alguma APAE.
Algumas APAES são excelentes e batalham pela inclusão. Fiz minha pesquisa de mestrado na APAE de Bauru, SP e cito sempre como uma das melhores que conheci. 
http://bauru.apaebrasil.org.br/
Mas na maioria delas pessoas com paralisia cerebral, Síndrome de Down ou qualquer outro tipo de deficiência não recebem o atendimento escolar que poderiam receber se estivessem numa escola regular.
Se vocês tivessem um filho gostariam que fosse para uma APAE ou para o ensino regular?
Estamos vivendo um processo de inclusão e posso garantir, já que trabalho nesta área há 18 anos, que para as crianças com deficiência é muito bom ser incluído na escola.
Gostaria de compartilhar um texto de Luis Nassif que esclarece bem o que falo.

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-campanha-da-federacao-das-apaes-contra-educacao-inclusiva

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Iniciando o Pós-doc


Desde julho de 2012 recebi uma bolsa de pós-doc da CAPES. Atualmente encontro-me em Portugal na UTL estudando BCI (Brain Computer Interface) no ERGO VR, laboratório de Realidade Virtual. http://www.fmh.utl.pt/ergovr/index.htm.

Uma interface cérebro-computador poderá ser de grande valia para pessoas com limitações motoras severas, pois permitirá uma maior autonomia e independência para desenvolver suas atividades. Existem interfaces invasivas e não-invasivas. Estou no início do projeto e trabalhando neste momento com o Mindwave( tecnologia não invasiva) que trabalha ondas cerebrais que funcionam a partir de dois tipos( meditação e concentração).
Após tantos anos trabalhando com pessoas com paralisia cerebral, estou encerrando um  ciclo, e iniciando uma nova fase de estudo. Anteriormente pesquisei as possibilidades de inclusão de pc´s na escola utilizando tecnologias assistivas. Acredito que este tipo de interface poderá auxiliar pessoas com paralisia cerebral, doenças degenerativas e outras deficiências para exercerem funções importantes no mercado de trabalho.

sábado, 4 de agosto de 2012

Finalmente a formatura

 1998 nosso primeiro encontro na escola Samuel Dietschi
3 de Agosto de 2012 Formatura na Universidade Feevale

Ontem foi uma emoção indescritível poder assistir a formatura do Guilherme Finotti. Lembrei-me do primeiro dia aos 6 anos quando iniciamos e agora todo o processo de inclusão. Aí o grande questionamento:
Por que dos mais 100 alunos que trabalhei  só o Gui chegou até uma graduação?
Fiquei pensando e concluí algumas coisas que são importantes e precisam ser levadas em conta,  ao se acompanhar o processo todo.
1º) Mérito dos pais,  foram pessoas que sempre buscaram o melhor para o filho e jamais o super protegeram.
2º) A escola inclusiva, Samuel Dietchi,  com uma direção da professora Lígia Fleck, que realmente fez a inclusão em todos os momentos e lutou por isso.
3º) A primeira professora, ela não tinha graduação superior completa, finalizou há uns dois anos. Em sua classe tinha 2 crianças com Síndrome de Down, um cego e o Gui com Paralisia cerebral. Chegava mais cedo para aprender a mexer no computador, naquela época poucas pessoas tinham em casa, para preparar o material dele e o de outro aluno em Braille. A melhor professora que conheci até hoje, seu nome é Zeloi e ainda exerce o magistério no Município de Novo Hamburgo.
4º) Quando chegou a sétima séria ele foi para uma escola particular a Feevale e quem trabalhava lá como coordenadora pedagógica? A Lígia Fleck a mesma ex-diretora.Lembro-me com muita emoção quando fui conversar com a turma e explicar o que era a paralisia cerebral. Posteriormente conversei com os pais que foram bem relutantes, mas que logo cederam ao conhecerem o Gui.
5º) Depois a luta para fazer o ENEM, e ele tirou o 9º lugar. Alguém conhece uma pessoa que tenha ido tão bem? Mais um desafio sempre com sérias incomodações e finalizando no Ministério Público.
6º) O vestibular foi coroado de êxito.
7º ) Na Universidade  Feevale foi muito tranquilo o decorrer do curso, o relacionamento com professores e colegas e  ele sempre esteve entre os 3 melhores alunos.
Ao longo de todos os anos de acompanhamento houve uma completa interação entre a fisioterapeuta, Maria Bernardete Martins, a psicóloga Maria Lucia Langone, os médicos, a fono e os profissionais que queriam que tudo desse certo e que acreditam na inclusão.
Aqui é uma reflexão muito resumida, mas ninguém faz a inclusão sozinho, precisa de muitas pessoas que queiram se apropriar do processo de aprendizagem do aluno e do tempo dele. Aí é necessário mexer em muitas coisas como o formato da escola, os cursos de licenciatura, a formação integral, poderia ficar escrevendo milhares de itens aqui mas muita coisa será necessária para que a inclusão seja realidade e que casos como o do Gui  sejam mais vistos com naturalidade. E o mercado de trabalho? Muito trabalho e pesquisa pela frente...

quarta-feira, 7 de março de 2012

Definição Pessoas com Deficiência

Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.” (ONU, 2007)


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

A inclusão é possível, sim

Gostaria de partilhar com todas as pessoas que conhecem meu trabalho,  que um aluno que acompanho desde os 5 anos de idade, foi meu bolsista, teve vários problemas para cursar o ENEM, não fala e não caminha foi contratado como programador. Ele fez o estágio por menos de 6 meses e conseguiu ser contratado apesar de não falar e não caminhar. O principal problema que tenho observado,  é a necessidade constante de provar a competência pois a maioria das pessoas não acredita que uma pessoa com paralisia cerebral não apresente problemas cognitivos.
Quando inicia-se mais um ano letivo penso em todas as barreiras que alunos com deficiência enfrentarão ao ingressar no ensino regular e fico muito preocupada com a escola que encontrarão. Só com o conhecimento venceremos o preconceito e haverão muitos como o Guilherme Finotti.
Bom início de ano a todos e que seja um ano com mais inclusão.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Políticas Públicas de Acessibilidade: fator de desenvolvimento de destinos turísticos

Segue uma publicação minha e de minha colega Mary Ashton na revista Espacios.

Como sempre debatendo as política públicas de acessibilidade e inclusão. Segue o resumo.
Este artigo propõe-se a fazer uma reflexão sobre a acessibilidade nos destinos turísticos urbanos contemporâneos com o objetivo de investigar sobre as políticas de acessibilidade, programas públicos para o turismo inclusivo e sobre a adaptação dos espaços destinados à população visitante e residente. Para tanto, a contextualização se dará a partir das noções de acessibilidade, design inclusivo, espaços públicos e destinos turísticos. Buscou-se aportes teóricos em estudiosos consagrados da área e utilizou-se o método de pesquisa exploratório descritivo com abordagem qualitativa. Como resultado espera-se contribuir para a reflexão do tema da acessibilidade e sua relação com as políticas públicas.

Palavras Chave: Turismo; Acessibilidade; Inclusão; Políticas Públicas; Destinos Turísticos. O texto do artigo completo encontra-se em
http://www.revistaespacios.com/a11v32n04/11320461.html#inicio

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Esclarecendo os malefícios da revogação do decreto 6571/08 e Orientações aos Sistemas de Ensino sobre o Decreto nº 7.611/2011

Repasso aqui um texto de Meire Cavalcanti, onde explica os problemas que surgirão no sistema de Ensino Inclusivo a partir do novo decreto.


AGAPASM www.agapasm.com.br
Associação Gaúcha de Pais e Amigos dos Surdocegos e Multideficientes

Destaco adiante, para compreenderem, a mensagem de Meire Cavalcante e depois importantes Orientações aos Sistemas de Ensino sobre o Decreto nº 7.611/2011. Mesmo orientando ainda há dúvidas. Penso nos surdocegos que até o momento, na história. e geral, estão em escolas especiais. Nada contra estas escolas. O ponto que questiono foi e é a demasiada "proteção" que estas escolas colocam sobre o surdocego. Tanta "proteção" que acabaram não se desenvolvendo e muito menos construindo identidade. Muito pelo contrário. esta "proteção" serviu de fato aos
interesses de muitas pessoas que não são surdoegos, ou seja, os "protetores". É de se refletir! E em anexo duas reflexões que fazem pare deste assunto.

Temos amigos aqui no grupo que não estão muito por dentro das políticas públicas de educação inclusiva. Vou deixar o texto abaixo para que entendam o motivo da nossa mobilização intensa nos últimos dias e o que significa a REVOGAÇÃO DO DECRETO 6571/08:

O Decreto 6571/08, que foi SEPULTADO, era um instumento poderoso de fomento à educação inclusiva. Ele previa dupla matrícula no âmbito do Fundeb às crianças público alvo da Ed. Especial. O que isso significa: o Fundeb mandava grana para a escola COMUM receber o aluno e, no período oposto ao da escola comum, o Fundeb mandava grana para ser feito o Atendimento Educacional Especializado (AEE). O AEE podia ser oferecido pela própria escola, por uma escola-polo ou por uma instituição. O decreto permitiu que o AEE pudesse ser oferecido por instituições justamente para que elas não fossem exterminadas (o que seria ótimo, porque educação é na escola). Mas esse foi um jeito de equilibrar tensões, na época, e fazer a inclusão acontecer.

Pois bem, o novo decreto AVALIZA escolas especiais como escolas que oferecem ESCOLARIZAÇÃO, ou seja, elas substituem a escola comum. Vejam que lindo. Pelo novo decreto, escolas especiais vão poder receber DUPLO financiamento (pela matrícula da criança na "escola" + matrícula pelo AEE).
É o financiamento com dinheiro público, DE NOVO, da exclusão dos brasileiros com deficiência. Um horror. Voltamos à década de 60!!!

O Decreto 6571/08 era uma força motriz da inclusão. O Decreto 7611/11 é uma força motriz da exclusão. Porque, vamos combinar: como agora mandar a criança pra escola especial voltou a ser algo legítimo, que sistema de educação vai se coçar para fazer a inclusão? Respondo: nenhum! Alguns sistemas podem até resistir no começo, mas é mais fácil depositar as crianças e terceirizar sua educação. Com o tempo, a gente vai voltar a ouvir: "olha, aqui na escola não estamos preparados. Mas, como não é mais crime encaminhar à escola especial, por que você não vai aqui no depósito do lado, cheio de classes especiais com florzinhas na parede, e larga seu filho lá? Aqui não dá"

Oito anos de políticas de inclusão jogadas no lixo. E, agora, as escolas especiais se deram melhor ainda, porque receberão EM DOBRO! Usaram o motor da inclusão (Fundeb em dobro pra inclusão) para arrancar MAIS DINHEIRO DO PODER PÚBLICO. Isso é imoral.

Meire Cavalcante

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Até quando um ser humano pode aguentar...

Meu querido amigo Antonio Endler, faleceu dia 30 de setembro, após 8 anos com ELA- Esclerose Lateral Amiotrófica. Esta doença é devastadora e só a força que ele tinha e a sua vontade de viver o fizeram suportar tanto tempo. Já estava escrevendo seu 4º livro com o acionador de olhar já que era o único movimento que lhe restou. Ele nos deixa uma grande lição de vida e força. Quando o visitava sempre saía de lá muito impressionada com a esperança que ele tinha da cura. Com o movimento dos olhos, que foi o que lhe restou, ele escreveu seus livros e mostrou o quanto se é capaz quando se deseja ardentemente viver.
Que descanse em paz !
Abaixo segue o último vídeo dele.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

domingo, 15 de maio de 2011

Por onde andará Eva?

Há muitos anos atrás li este texto maravilhoso da jornalista Eliane Brum. Sempre me questiono por ende será que Eva anda? Será que ela conseguiu mostrar para as pessoas o seu potencial?

Tenho vivido a experiência de mostrar para as pessoas a potencialidade de crianças com pc que não se comunicam. Mudar um paradigma é muito difícil. Leva tempo e vontade de querer melhorar como ser humano.


A vida que ninguém vê

Eva contra as almas deformadas

Eliane Brum – Zero Hora - 1991

Esta é a história de uma mulher que cometeu um crime que a humanidade não perdoa. Recusou-se a ser vítima. Eva Rodrigues preenchia todos os requisitos para a determinação da sentença. Era mulher: coitada. Era negra: coitada. Era pobre: coitada. Ainda não era tudo. Eva nasceu de um parto sofrido. Teve paralisia cerebral. O corpo todo tremia, ela derrubava a comida, caminhava mal, era toda ela um desajeito. À Eva, o mundo reservava apenas um destino: o de ser coitada. Eva poderia estender a mão e pedir esmolas. E receberia olhos de profunda pena. E em troca da moeda, devolveria ao doador o alívio não apenas da caridade, mas o outro, secreto: a garantia de que a deformidade, assim como a loucura, está sempre no outro.Eva rebelou-se. Decidiu que não seria coitada. Que o mundo se virasse com isso. Que o mundo achasse outras vítimas para preencher seu horror. Este foi o crime de Eva. Pelo qual jamais a perdoaram. Como não puderam lhe imprimir na testa o rótulo de coitada, a marcaram com outro. Como ela, a deformada, como ela, a deficiente, como ela, a defeituosa, ousava renegar a mão da caridade, irmã de pena, prima da hipocrisia? Como ousava ela, a anormal, encarar de igual pra igual os normais? Parecia até que a exibição do corpo torto de Eva revelaria a alma torta do outro. Parecia até que a falha exposta de Eva revelava a falha oculta do outro. Como ousava Eva, justo Eva, ser imperfeita em um mundo onde se paga fortunas para que todos sejam igualmente perfeitos? Como ousava Eva ser diferente em um mundo onde a igualdade da idéias é a única garantia de segurança? Como ousava Eva vencer pelo espírito no mundo da aparência?

Ah, quanta pretensão a de Eva. Quanto perigo ofereceu Eva quando decidiu que não seria coitada. De vítima, vejam só, Eva virou culpada.

É preciso contar como Eva fez a revolução. Antes de revelar como a castigaram. Eva não sabe se foi nos risos que a perseguiam, nas imitações que dela faziam, se foi no anúncio de que seu destino era ficar amontoada num canto. De preferência em silêncio. Só sabe que decidiu que não se submeteria. Que reinventaria seu destino. Reinventaria a si mesma.

O primeiro ato de rebeldia foi entrar na escola. Conseguiu aos nove anos, no lugar onde nasceu, em Restinga Seca, na região central do Estado. Suas mãos não obedeciam, eram dois membros convulsos que Eva não dominava. Eva usou toda a força de que dispunha para que a mão esquerda segurasse a direita. Uma mão retorcida sobre a outra, dores horrendas pelo esforço, Eva escreveu pela primeira vez. O atrito da mão dobrada sobre o papel deixou os dedos em carne viva. Os primeiros cadernos tinham letras ensanguentadas, palavras feridas. Os primeiros cadernos de Eva foram escrito a sangue.

Eva descobriu nesse momento que era capaz de reescrever seu destino. E, logo à primeira ousadia, já recebeu o primeiro castigo. Mesmo com as melhores notas, foi obrigada a repetir o ano. A professora não aceitava, não compreendia, que Eva conseguisse escrever. Eva repetiu e prometeu que repetiria quantas vezes fosse necessário até que a professora, o mundo, compreendesse que jamais desistiria. Que os venceria, nem que fosse pelo cansaço. Que pedissem tudo a ela, menos o impossível. Que pedissem tudo a ela menos que ficasse no seu lugar.

Logo Eva aprendeu que a independência é areia movediça. Território a ser tomada e retomado dia após dia. Aos 17 anos, diante dos oito irmãos, dos pais analfabetos agricultores sem terra, deu o primeiro grito:

- Chega! Eu não sou coitada disso, coitada daquilo. Se eu derramar comida para comer, deixem que eu derrame. Se eu derrubar as coisas quando eu pegar, deixem que eu derrube. Se eu cair, deixem que eu me levante.

Eva mudou-se para Porto Alegre. Empregou-se como doméstica e terminou o 2º Grau. Suas mãos assim como sua alma, eram recortadas por cicatrizes. Mas já não sangravam.

Eva ingressou na universidade, mas não podia pagar. Por duas vezes lhe negaram o crédito educativo. Pediu transferência para uma mais barata. Eva sonhava em ser educadora. Queria ensinar como se podia escrever com as mãos chagas. E fazer destas mãos retorcidas asas. Mas muitas eram as almas disformes que se colocariam entre as mãos de Eva e o mundo. A luta estava recém no começo e provavelmente não terá fim.

Ela ouviu e ouviu. Como vai escrever no quadro-negro tremendo desse jeito? Como vai ensinar com uma letra tão feia? Não vê que só vai incomodar? Não entende que entre você e uma menina normal vão escolher a normal? O que você quer? Vai passar a vida olhando para um diploma na parede? Eva ouviu tudo isso de uma educadora. Eva ouviu tudo isso na faculdade. Apenas para comprovar que a ignorância está onde menos se espera. Eva, a deficiente física, respondeu à deficiente de alma:

- Em primeiro lugar, eu não vou desistir. Em segundo lugar, a vida é um risco. Não só para mim. Mas para todo mundo.

Eva demorou a descobrir porque sua tremedeira ameaçava tanto aqueles seres impávidos. Qual era a ofensa de sua fragilidade. Foi vilipendiada de todas as formas conhecidas e outras inventadas só para ela. Primeiro, impediram que fizesse estágio. Depois, que só poderia fazê-lo numa escola de deficientes. Em seguida, quiseram que realizasse durante o dia porque sabiam que neste horário ela labutava para viver. Por fim como Eva não desistisse, desistiram eles de a impedir.

Quando o nome de Eva foi pronunciado na formatura, todos levantaram, gritaram, aplaudiram. Eva não ouviu. Todos os seus sentidos estavam concentrados em não cair. Atravessar aquele palco sem tropeçar era a metáfora de sua vida. Eva não cairia. Não ali. E não caiu.

Finalmente conseguiu ocupar as salas de aula como educadora. Foram pelo menos três escolas. E em cada uma algo se passou. Quando descobriram que Eva não era coitada, que empregá-la não era um ato de caridade, tudo mudava. Quando descobriram que Eva era capaz, que era preciso competir com as sua mente, não com os seus tremores, tudo se alterava. A consideração do início transmutava-se em ódio. Quem essa aleijada pensa que é? Foi o que Eva ouviu e ouviu. E assim Eva foi expulsa do mundo que mal havia tocado.

Eva não desistiu. Como não desistirá. Prestou concurso em 1994 para servente no extinto Tribunal de Alçada. Pensou que os olhos vendados da Justiça não a julgariam por sua deformidade. Fez o concurso em sala especial, com deficiente. Foi aprovada em nono lugar. A nomeação chegou a ser publicada. Mas vejam só, foi reprovada pelo neurologista. Porque tremia as mãos, porque derramaria os cafezinhos.

Uma assinatura encerrou o capítulo de uma vida. Eva ingressou na Justiça. A defensora pública não compareceu ao julgamento alegando não ter sido avisada. Eva continuou. O processo está até hoje no Supremo Tribunal Federal. E Eva voltou a trabalhar como doméstica.

Eva é mulher, negra e pobre. Eva treme as mãos. Tudo isso até aceitam. O que não lhe perdoam é ter se recusado a ser coitada. O que não perdoam a Eva é, sendo mulher, negra, pobre e deficiente física ter completado a universidade. E neste país. Todas as fichas eram contra ela e, ainda assim, Eva ousou vencer a aposta. E por isso a condenaram. Atenção para as palavras de Eva:

- A cada vez que me derrubarem eu vou levantar com mais força. Não quero saber de derrota. Derrota nunca esteve nos meus planos. E coitado é quem me chama.

A vida é pródiga em paradoxos. O de Eva é que a odeiam porque não podem sentir pena dela. E o do mundo é que as piores deformações são as invisíveis.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Indo e voltando

A inclusão é um eterno avançar e retroceder constante. Me sinto, muitas vezes, como se estivesse no início do meu trabalho. Quando dizia para pais e professores que os alunos com pc poderiam estudar numa escola regular e utilizar os recurso de tecnologia assistiva.

Infelizmente em 2011 a inclusão ainda não acontece em algumas escolas. Muitas dizem que não tem vaga para alunos cadeirantes ou com paralisia cerebral.

Um menina de 11 anos PC, que está na APAE, não é aceita em uma escola regular em frente a sua casa. Falei para a mãe dos direitos da menina e que se ela entrasse com uma ação ela conseguiria. Ela me disse que não colocaria a sua filha numa escola onde ela não fosse bem recebida. Aí segue o questionamento você colocaria?

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Estimulação Precoce de Crianças com Deficiência Visual


Ontem, junto com minha orientanda, Andressa Carraro entregamos o protótipo de um brinquedo para estimulação precoce para criança deficiente visual de 0 a 3 anos de idade. O brinquedo é o resultado do Tcc de Design de Andressa. A entrega foi para a
AMO - Associação de Assistência em Oncopediatria - Foimuito gratificante!

"As crianças não videntes, se estimuladas desde bebês nos aspectos psicomotores, afetivos e cognitivos, terão maior facilidade de interação com o meio em que vivem e melhor qualidade de vida.

A estimulação precoce “pode contribuir para o desenvolvimento motor e cognitivo da criança cega congênita entre 0 a 2 anos de idade”. Porém, antes de qualquer intervenção, é necessário que a família e os profissionais reconheçam as dificuldades e peculiaridades que o desenvolvimento e a aprendizagem de bebês cegos envolvem. No entorno dessas características peculiares, decorre um erro grave na definição de que as crianças cegas são como “crianças normais” sem visão, pois o mundo criado pelos cegos não pode ser feito em um movimento de fechar os olhos somente. Essa consideração submete um parâmetro de normalidade que tenta diminuir o efeito das deficiências, tendo como resultado disso o entendimento de que os desenvolvimentos sensorial e afetivo sem a visão se estabelecem da mesma forma que em situações em que a visão está preservada, tendo como parâmetro apenas o visual, no momento de planejar os atendimentos a crianças cegas."

Este trabalho apresentará novas formas de pensar sobre crianças com Deficiência Visual.
Andressa está de parabéns.
Segue o link da reportagem feita pela TV Feevale.

sábado, 6 de novembro de 2010

O IV Seminário de Inclusão Social e Acessibilidade foi um Sucesso


Acima a foto da abertura do evento pelo Prof Dr Everton Rodrigo Santos. A seguir as palestras iniciais com as professoras da PUC, Profª Drª Beatriz Gershenson Aguinsky - Diretora da Faculdade de Serviço Social/PUCRS com a palestra Transformações Societárias e os desafios das profissões sociais a Prof. Dra Jane Cruz Prates - Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social - PUCRS com a palestra - A inclusão social como conceito contraditório e a busca por processos emancipatórios. A mediadora foi a Prof Drª Geraldine Alves dos Santos.

Seria muito difícil escrever tudo que foi dito pela professora Beatriz. Professora experiente nos tocou muito com seus relatos ao longo destes anos de carreira acadêmica sobre o processo de inclusão no no Brasil. Gostaria de ressaltar a fala " Não basta ser é preciso fazer" - onde foi gerado um debate muito grande sobre as ações efetivas que precisam ser feitas para que a inclusão ocorra de fato.

A professora Jane falou sobre o processo de inserção ao invés de inclusão que está ocorrendo nas empresas e nas escolas. Após o debate mediado por Geraldine, Jacinta Renner e Gustavo Sanfelice, tivemos a mesa redonda com os ex alunos do mestrado Luis Henrique Rauber e Jivago Pres di Napoli. Onde estes alunos além de falarem sobre suas dissertações já defendidas, apontaram a diferença de um mestrado como esse no cenário atual. A mesa redonda foi mediada pela professora Sandra Montardo.

Foi uma tarde onde questões relativas as angústias da época moderna ou pós-moderna, como a globalização, as relações afetivas no trabalho, o ser, a tecnologia, a justiça e a educação foram amplamente debatidas.

Ano que vem tem mais.



quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Convite


5 de Novembro

14:00 h Abertura – Prof Dr Everton Rodrigo dos Santos

14:15 h Palestra - Transformações Societárias e os desafios das profissões sociais

Profª Drª Beatriz Gershenson Aguinsky - Diretora da Faculdade de Serviço Social/PUCRS

15:15 h Palestra- A inclusão social como conceito contraditório e a busca por processos emancipatórios.

Prof. Dra Jane Cruz Prates - Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social - Faculdade de Serviço Social - PUCRS

16:00 h Debate – Mediador: Prof Drª Geraldine Alves dos Santos

17:00 h – Intervalo

18:00 h Mesa Redonda com ex alunos do Mestrado em Inclusão Social e Acessibilidade

Mediadores: Sandra Montardo e Jacinta S. Renner

20:00 h Debate

20:45 h – Encerramento - Prof Dr Everton Rodrigo dos Santos


quarta-feira, 8 de setembro de 2010

II Seminário Internacional de Psicologia /III Congresso de Psicologia

Na sexta-feira dia 10 de setembro participarei de uma mesa redonda no II Seminário Internacional de Psicologia /III Congresso de Psicologia

o tema será
Inclusão: limites e possibilidades. Ao planejar a minha fala decidi abordar as questões sobre os equívocos que estão acontecendo nas salas de recursos multifuncionais. É uma questão muito séria onde o despreparo dos professores, mais uma vez, poderá colocar em risco todos os esforços despreendidos neste projeto.

Objetivo do evento

Incentivar a formação continuada dos profissionais da área e o interesse dos discentes no campo da saúde mental, utilizando o conceito da inclusão como trabalho clínico que visa ao sujeito e à doença, à família e ao contexto, tendo como objetivo produzir saúde e aumentar a autonomia do sujeito, da família e da comunidade.

Público-alvo

Acadêmicos e Profissionais da Psicologia, Psicopedagogia, Educação das Artes e áreas afins.

Identificação

  • Período: 9 a 11 de setembro de 2010
  • Horário: Quinta e sexta-feira, das 9h às 19h15 e sábado, das 9h às 12h30min
  • Carga horária: 21h
  • Inscrição: Inscrições até o dia 06/09
  • Local: Campus II
  • Certificado: Para a certificação, mínimo de 75% de frequência.
Maires informações:
http://www.feevale.br/extensao/evento-iii-seminario-de-psicologia--iii-congresso-internacional-de-psicologia-

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Palestra em Sapiranga

Estivemos em Sapiranga, no dia 18 de agosto, participando do I Fórum de Informática Educativa. Eu o Gabriel Schuck e o Guilherme Finotti ambos alunos da Feevale . Fui convidada para ministrar a palestra " A inclusão através da informática". Gabriel e Guilherme falaram sobre o seu processo de inclusão nas escolas e como foi a trajetória até chegarem a Universidade. Gostaria de parabenizar o município pelo exemplo de trabalho e preocupação com a inclusão. Nos buscaram com um ônibus adaptado e não tivemos nenhum problema de acessibilidade. As discussões ao longo dos dois dias abordaram questões ligadas à tecnologia e educação nos dias de hoje e convidaram palestrantes que também são pesquisadores. Quero agradecer a organização do evento pela forma atenciosa que nos receberam, especialmente a Michele Laiber, e parabenizá-los pela iniciativa.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Dra. Rita Levi-Montalcini - Presidente Honorária da Associação Italiana de Esclerose Múltipla


Recebi esta entrevista da minha orientadora de doutorado, Lucila Santarosa. Gostei muito e estou repassando.

A italiana neurologista Dra. Rita Levi-Montalcini, que completou 100 anos no dia 22 de abril de 2009,recebeu o Prêmio Nobel de Medicina há 23, quando tinha 77. Ela nasceu em Turím, Itália, em 1909 e obteve o título de Medicina na especialidade de Neurocirurgia.
Por causa de sua ascendência judia se viu obrigada a deixar a Itália um pouco antes do começo da II Guerra Mundial. Emigrou para os Estados Unidos onde trabalhou no Laboratório Victor Hambueger do Instituto de Zoologia da Universidade de Washington de San Louis.
Em 1951 veio ao Brasil, para realizar experiências de culturas in vitro no Instituo de Biofísica da Universidade do Rio de Janeiro, onde, em dezembro do mesmo ano, a pesquisadora consegue identificar o fator de crescimento das células nervosas (Nerve Growth Factor, conhecido como NGF). Esta descoberta lhe valeu, em 1986, o Premio Nobel para a Medicina, junto com Stanley Cohen.

Entrevista no dia 22/12/2005-
Como vai celebrar seus 100 anos?
- Ah, não sei se viverei até lá, e, além disso, não gosto de celebrações. No que eu estou interessada e gosto é do que faço cada dia.!

-E o que você faz?
-Trabalho para dar uma bolsa de estudos para as meninas africanas para que estudem e prosperem ... elas e seus países. E continuo investigando, continuo pensando.

-E como está seu cérebro?
-Igual quando tinha 20 anos! Não noto diferença em ilusões nemem capacidade. Amanhã voo para um congresso médico.

-Mas terá algum limite genético ?
-Não. Meu cérebro vai ter um século... mas não conhece a senilidade... O corpo se enruga, não posso evitar, mas não o cérebro!

-Como você faz isso?
-Possuímos grande plasticidade neural: ainda quando morrem neurônios, os que restam se reorganizam para manter as mesmas funções, mas para isso é conveniente estimulá-los!

-Ajude-me a fazê-lo.
-Mantenha seu cérebro com ilusões, ativo, faça com que ele trabalhe e ele nunca se degenerará

-E viverei mais anos?
-Viverá melhor os anos que vive, é isso o interessante.A chave é: manter curiosidades, empenho, ter paixões....veja...não me refiro a paixões físicas especificamente...simplesmente tenha paixões.

-A sua foi a investigação científica...
-Sim e segue sendo .

-Descobriu como crescem e se renovam as células do sistema nervoso...
-Sim, em 1942: dei o nome de Nerve Growth Factor (NGF, fator do crescimento nervoso), e durante quase meio século houve dúvidas, até que foi reconhecida sua validade e em 1986, me deram o prêmio por isso.Como foi que uma garota italiana dos anos vinte converteu-se em neurocientista?-Desde menina tive o empenho de estudar. Meu pai queria me casar bem, que fosse uma boa esposa, boa mãe... E eu não quis. Fui firme e confessei que queria estudar.

-Seu pai ficou magoado?
-Sim, mas eu não tive uma infância feliz: sentia-me feia, tonta e pouca coisa... Meus irmãos maiores eram muito brilhantes e eu me sentia tão inferior...

Vejo que isso foi um estímulo...
-Meu estimulo foi também o exemplo do médico Albert Schweitzer, que estava em África para ajudar com a lepra. Desejava ajudar aos que sofrem, isso era meu grande sonho!

E você tem feito... com sua ciência.
-E, hoje, ajudando as meninas da África para que estudem. Lutamos contra a enfermidade, a opressão da mulher nos países islâmicos por exemplo, além de outras coisas...

-A religião freia o desenvolvimento cognitivo?
-A religião marginaliza muitas vezes a mulher perante o homem, afastando-a do desenvolvimento cognitivo, mas algumas religiões estão tentando corrigir essa posição.

-Existem diferencias entre os cérebros do homem e da mulher?
-Só nas funções cerebrais relacionadas com as emoções, vinculadas ao sistema endócrino. Mas quanto às funções cognitivas, não tem diferença alguma.

Por que ainda existem poucas cientistas?
-Não é assim! Muitos descobrimentos científicos atribuídos a homens, realmente foram feitos por suas irmãs, esposas e filhas.

-É verdade?
-A inteligência feminina não era admitida e era deixada na sombra. Hoje, felizmente, tem mais mulheres que homens na investigação cientifica: as herdeiras de Hipatia!

-A sábia Alexandrina do século IV...
-Já não vamos acabar assassinadas nas ruas pelos monges cristãos misóginos, como ela foi. Claro, o mundo tem melhorado algo...

-Ninguém tem tentado assassinar você...
-Durante o fascismo, Mussolini quis imitar o Hitler na perseguição aos judeus... e tive que me ocultar por um tempo. Mas não deixei de investigar: tinha meu laboratório em meu quarto... E descobri a apoptose, que é a morte programada das células!

Por que tem uma alta porcentagem de judeus entre cientistas e intelectuais?
-A exclusão estimula entre os judeus os trabalhos intelectivos e intelectuais: podem proibir tudo, mas não que pensem! E é verdade que tem muitos judeus entre os prêmios Nobel...

-Como você explica a loucura nazista?
-Hitler e Mussolini souberam como falar ao povo, onde sempre prevalece o cérebro emocional por cima do neocortical, o intelectual. Conduziram emoções, não razões!

-Isto está acontecendo agora?
-Porque você acha que em muitas escolas nos Estados Unidos é ensinado o creacionismo e não o evolucionismo?

-A ideologia é emoção, é sem razão?
-A razão é filha da imperfeição. Nos invertebrados tudo está programado: são perfeitos. Nós não. E, ao sermos imperfeitos, temos recorrido à razão, aos valores éticos: discernir entre o bem e o mal é o mais alto grau da evolução darwiniana!

-Você nunca se casou ou teve filhos?
-Não. Entrei no campo do sistema nervoso e fiquei tão fascinada pela sua beleza que decidi dedicar todo meu tempo, minha vida!

-Lograremos um dia curar o Alzheimer, o Parkinson, a demência senil?
-Curar... O que vamos lograr será frear, atrasar, minimizar todas essas enfermidades.

-Qual é hoje seu grande sonho?
-Que um dia logremos utilizar ao máximo a capacidade cognitiva de nossos cérebros.

-Quando deixou de sentir se feia?
-Ainda estou consciente de minhas limitações!

O que tem sido o melhor da sua vida?
-Ajudar aos demais

- O que você faria hoje se tivesse 20 anos?
- Mas eu estou fazendo!!!!


A Dra. Rita Levi-Montalcini
é, desde 2001, Senadora Vitalícia da República Italiana, nomeada
diretamente pelo Presidente Carlo Azeglio Ciampi.


Entrevista: recebida por e-mail

terça-feira, 6 de julho de 2010

Arquitetura universal 1ª Mostra Casa e Corporativo Acessíveis - Projeto&Estilo 2010



O projeto de Robson Gonzales supre os princípios da acessibilidade universal, tendo como premissa as soluções mais eficientes. O uso de materiais antiderrapantes concedem um estilo rústico e muito elegante ao banheiro.

Até o dia 25 de julho acontece no D&D Shopping, em São Paulo, a 1ª Mostra Casa e Corporativo Acessíveis 2010 - Projeto&Estilo. A iniciativa, fruto da parceria entre a Editora Ciranda Cultural e Instituto Brasil Acessível, tem como objetivo intensificar a cultura e o trabalho de inclusão social, aumentando a acessibilidade para as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, garantindo a integração dos usuários por meio de projetos da Arquitetura Universal que priorizam o design, a beleza e a tecnologia de ponta.
No local foi montada uma casa de estrutura metálica e vidro com 12 ambientes residenciais acessíveis, projetados por diversos arquitetos focados na inclusão. Os projetos pretendem atrair não apenas pessoas com deficiência, mas empresas interessadas nesse importante mercado. Estima-se que haja cerca de 5 milhões de pessoas com deficiência no Estado de São Paulo.
O objetivo é divulgar o conceito de Arquitetura Universal e permitir a todos os visitantes da Mostra que usufruam dos espaços de circulação e dos ambientes inclusivos criados por profissionais renomados, ressaltando o compromisso social do evento e tornando essa experiência inesquecível. É uma postura desafiadora e inédita no país
Inovação e design são as premissas do evento que promete transformar o conceito de arquitetura no Brasil.
Encontrei alguns problemas relativos a antropometria, mas pelo menos é uma iniciativa pioneira nesta área e estão todos de parabéns.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

A inclusão está na fase embrionária

A INCLUSÃO ESCOLAR AINDA USA FRALDAS?

Em resposta ao meu amigo Jorge Marcio sobre sua postagem no blog ( http://infoativodefnet.blogspot.com/2010/07/inclusao-escolar-ainda-usa-fraldas.html )
Tudo começou quando convesamos sobre uma questão levantada por mim:
"...como e quem deve levar uma pessoa com paralisia cerebral, jovem com 14 anos, ao banheiro da escola, se ele tem a altura de 1m80cm?
Diante dessas condições e dificuldades "muitas escolas estão levando os cadeirantes a usarem fraldas novamente"..., além de dizerem aos pais, que: "só na escola especial é que se leva um aluno(a) ao banheiro", reforçando ainda mais uma polêmica sobre o atendimento educacional especializado.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Café Comunitário

Sexta-feira , dia 11 de junho, participei de um bate papo num programa de rádio na Feevale. O que mais me chamou a atenção foi o desabafo da Vitória Strassburger, menina cadeirante de 13 anos. Ela disse que as pessoas, ainda tem muito preconceito e que o cadeirante está escondido. Quando ela sai dificilmente encontra algum...fiquei pensando sobre isso. Realmente é difícil encontrar usuários de cadeiras de rodas nos shoppings, supermercados, restaurantes. Nas ruas eu até entendo, porque as calçadas não proporcionam acessibilidade e é muito fácil uma cadeira entrar num buraco e não sair mais. Mas e nos outros locais. Por que isso acontece?
O texto completo dos assuntos debatidos no café está no blog.
http://cafecomunitariofeevale.blogspot.com/2010/06/cafe-comunitario-debate-sobre-rotina.html

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Acessibilidade digital

Saiu outro artigo meu e da Patrícia Bassani - no jornal Estado de Direito http://www.estadodedireito.com.br/edicoes/ED_25.pdf

Patrícia B. Scherer Bassani* e Regina de Oliveira Heidrich**

A Internet constitui um espaço de aprendizagem, interação e comunicação. Inicialmente utilizada para a disponibilização de informações por meio de páginas/sites, a Internet hoje se caracteriza pela possibilidade de participação e intervenção dos sujeitos, por meio de serviços de troca de mensagens, bate-papo online, envolvimento em redes sociais e comunidades virtuais. Assim, se por um lado esta “arquitetura da participação” possibilita o envolvimento dos sujeitos em um espaço social de comunicação e de trabalho em grupo, por outro lado coloca em pauta a discussão sobre as possibilidades de utilização destes recursos por pessoas com diferentes necessidades, sejam elas físicas e/ou cognitivas, transitórias ou permanentes.
Conforme o censo demográfi co realizado em 2000, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 24,6 milhões de pessoas, ou 14,5% da população total, apresentaram algum tipo de incapacidade ou defi ciência (física, auditiva, visual, mental ou defi ciências múltiplas).
Entende-se, que o acesso às tecnologias da informação e comunicação, especialmente a Internet, é importante para a inclusão digital e social de pessoas com defi ciências, pois permitem que estes sujeitos tenham a oportunidade de participar desta sociedade conectada e em rede, envolvendo-se em práticas sociais significativas.
Diferentes iniciativas vêm sendo realizadas, tanto na esfera pública quanto privada, a fim de possibilitar o acesso e a participação de pessoas com deficiência à Internet e seus diferentes serviços. A acessibilidade digital, ou acessibilidade na Web, significa possibilitar o acesso a sites e serviços/ambientes da Internet a qualquer pessoa, independente da diversidade de públicos, além de ser compatível com tecnologias assistivas usadas por pessoas com defi ciência.
Iniciativas governamentais envolvem a disponibilização de recursos de acessibilidade nas páginas e sites vinculados ao Governo Eletrônico. O Decreto lei 5296 de 2 de dezembro de 2004, também chamado “Lei da Acessibilidade”, prevê a obrigatoriedade da acessibilidade nos portais e sites da administração pública na Internet, para o uso das pessoas portadoras de defi ciência visual, garantindo-lhes o pleno acesso às informações disponíveis. Além disso, também se pode observar que sites de diferentes empresas e universidades disponibilizam recursos de acessibilidade digital, especialmente no que se refere a alteração do tamanho da fonte, legenda nas fi guras, navegação por meio do teclado e adaptação para o adequado funcionamento dos software para leitura de tela, amplamente utilizados por sujeitos cegos para uso do computador e acesso à paginas da Internet.
Existem diversas normatizações para balizar o desenvolvimento de sites acessíveis, como os conceitos de Design Universal e as recomendações da W3C (World Wide Web Consortium). O Design Universal (Universal Design), também conhecido como Design para Todos, orienta o design de produtos e de ambientes, de forma que estes possam ser utilizados pela maioria das pessoas, sem a necessidade de adaptação ou projeto especializado. As atividades do W3C envolvem o desenvolvimento de protocolos e referências para a Internet, incluindo diretivas para a acessibilidade do conteúdo da Web.
Entretanto, apesar dos esforços na disseminação de uma cultura de inclusão, nem todos os sites são desenvolvidos com base nesses conceitos, criando diferentes tipos de barreiras para o acesso de diferentes sujeitos. Por exemplo, as páginas da Internet caracterizam-se essencialmente por textos.
Se for utilizada alguma outra mídia, como imagens e sons, as informações que elas contêm devem ser repetidas numa descrição textual. Essa descrição deve transmitir as mesmas informações que os elementos disponibilizados, de forma a benefi ciar pessoas cegas ou surdas. Animações desenvolvidas em Flash tornam as páginas atraentes, mas impossibilitam o acesso a usuários de leitores de tela.
O grande desafi o para o futuro será a normatização de padrões acessíveis. Nesta perspectiva, os desenvolvedores de sites plenamente navegáveis proporcionarão a queda da barreira de comunicação por pessoas com baixa visão, cegas, idosas, com problemas de coordenação motora, mobilidade, etc. Diversas pesquisas acadêmicas já vêm sendo realizadas na área de acessibilidade a ambientes de Internet, buscando oportunizar o acesso de pessoas com defi ciência e/ou necessidades especiais, permitindo que estas possam perceber, entender, navegar e interagir de uma maneira efetiva na Web, proporcionando uma efetiva qualidade de vida a estes sujeitos.

* Doutora em Informática na Educação; vice-coordenadora e professora do Mestrado Profissional em Inclusão Social e
Acessibilidade do Centro Universitário Feevale.
** Doutora em Informática na Educação; professora do Mestrado Profissional
em Inclusão Social e Acessibilidade do Centro Universitário
Feevale.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

"Você deixaria seu filho pequenininho com uma pessoa cega?"

Recebi a notícia do presidente da ADEVIS, Associação de deficientes visuais, de NH. Como trabalho nesta área, dificilmente me surpreendo com as notícias. Mas esta está me fazendo refletir muito. Será que eu deixaria meu filho, pequeno, com uma pessoa cega? Será que é preconceito da minha parte ? Excesso de zelo?
Bem, segue a notícia abaixo.
A prefeitura de Campo Grande estuda uma forma de remanejar a pedagoga Telma Nantes de Matos, aprovada em concurso para Educação Infantil, mas que teve querecorrer à Justiça para tentar assumir a vaga.
O prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMBD), garantiu esta manhã durante inauguração da reforma da escola Osvaldo Cruz, que não há preconceito contracandidatos deficientes e disse que a prova disso é que a prova foi aplicada em Braille.
Ao mesmo tempo, ele questionou: "Você deixaria seu filho pequenininho com uma pessoa cega?". Para o prefeito, é incompatível a responsabilidade da professoracom a limitação que possui. "Para o cargo que ela se habilitou sim (é inapta)", disse.
Nelsinho afirmou que por turma são mais de 20 crianças de 0 a 4 anos e que mesmo com uma ajudante a vigilância é complicada.
O prefeito disse que vai tentar aproveitar a professora concursada para outra função, mas adianta que pode haver dificuldades porque foi ela quem fez a opção pelo cargo. "Vou ver no que posso ajudar para acabar logo com essa polêmica", disse, ressaltando a possibilidade de chamar Telma para conversar.

segunda-feira, 22 de março de 2010

I JORNADA DE REABILITAÇÃO NEUROFUNCIONAL DO IPA


Fui convidada para participar nos dias 9 e 10 de abril de 2010 da I JORNADA DE REABILITAÇÃO NEUROFUNCIONAL DO IPA – alusiva aos 10 anos de Parceria do Curso de
Fisioterapia do IPA com a Casa do Menino Jesus de Praga. Este evento terá como objetivo reunir acadêmicos e profissionais para a discussão de temas atuais voltados à formação continuada na área da reabilitação e sensibilizar a comunidade acadêmica em relação à responsabilidade social para com a Casa do Menino Jesus de Praga.
O mesmo se realizará no Auditório Elizabeth Lee, do Campus Americano, situado à Rua Lauro de Oliveira, 71, Bairro Rio Branco, Porto Alegre.
O tema da minha fala será : Abordando a Seqüela Neuropediátrica na Equipe Interdisciplinar

terça-feira, 16 de março de 2010

É muita tecnologia p/ dar conta

Pois é com este negócio do Twitter abandonei o blog. Como é complicado participar de Orkut, Facebook, Twitter, MSN, abrir, ler e responder as minhas 3 contas de e-mail de alunos e amigos. Nesta semana algumas pessoas me cobraram que eu havia abandonado o blog.
Me senti culpada e resolvi retornar gostaria de relatar o que houve com alguns dos participantes do projeto de pesquisa design inclusivo .
Olha meu computador ainda não foi ligado e estou na aula sem fazer nada. Outra mãe me relatou que seu filho está sentado bem distante do quadro porque não tem tomada perto. Sendo que é uma criança PC, com problemas posturais e que enxerga mal.
E a tal da boa vontade onde anda?
Trabalho com isso desde 1996. Já vi vários avanços na educação inclusiva , mas ultimamente só tenho visto retrocessos.
Sempre fico pensando o que está havendo com as professoras, a direção da escola e os pais destes alunos ?
Em primeiro lugar uma professora que prefere deixar um aluno PC no fundo de sua sala, com a desculpa de que não há tomada perto, não tem comprometimento com este aluno. A direção não sabe disto? E permite?
Agora e os pais?
Por mais que eu fale e explique, eles ainda acham que a escola está fazendo um favor ao aceitarem seu filho com PC e tem medo de reclamar para a direção.
E porque não procuram os Órgãos públicos?
Todas as pessoas com dEficiência tem o direito de estudar numa escola inclusiva e depende de nós e principalmente do acompanhamento dos pais que a inclusão funcione.
Fiscalização!!! No nosso país as coisas só funcionam quando fiscalizadas. Se seu filho precisa de um computador, vá até a sala de aula e veja se está bem posicionado, se ele consegue enxergar bem, se tudo funciona direitinho. Se existe uma preocupação com o material que é entregue a ele. É um direito dele. Só assim a inclusão acontecerá de fato.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Guilherme Finotti mostra que a inclusão dá certo



Atendo o Guilherme desde os 6 anos de idade. Sempre soube do seu potencial. Estou muito feliz em saber que na classificação geral do vestibular da Feevale, ele obteve a 9ª colocação, o que lhe garantiu uma bolsa integral do Programa Universidade para Todos – ProUni.

Além disso, entre os candidatos que concorreram a bolsas na Feevale, Finotti obteve a 3ª nota mais alta, ficando atrás apenas de um estudante de Biomedicina e um de Direito.

Só que foi necessário apelar para o Ministério Público e principalmente à imprensa, para que conseguisse fazer o ENEM. Após cursar o técnico de informática e os ensinos fundamental e médio utilizando um computador adaptado como meio de comunicação, Finotti foi impedido pelo Inep (Instito Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), órgão responsável pela Enem, de usar o equipamento na prova.

A não realização do exame o impedia de pleitear vaga
nas universidades que adotassem o exame como ferramenta de seleção, além de acabar com a chance de concessão de bolsa de estudos.

Desde maio, a família vinha tentando a inclusão do filho no Enem, tendo sido comunicada da autorização do Inep em meados de novembro. Ele obteve média 6,6 no exame, um bom resultado diante da média nacional fixada em 4,7. Hoje ele está atuando no meu projeto Design Inclusivo, como meu bolsista de iniciação científica, onde já desenvolveu um software para auxiliar a alfabetização de Pcs.
Agora iniciará a outra parte da luta que é a de mostrar ao mercado de trabalho que ele é um ótimo programador. Muita água vai rolar ainda....

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Defesa de Dissertação de Mestrado


Título: Tecnologia Assistiva: o design do mobiliário para pessoas com deficiência.

Mestrando: Jivago Peres di Napoli

Orientadora: Dr.ª Regina de Oliveira Heidrich

Data: 18/02/2010

Horário: 16h

Local: Auditório de Pesquisa e Pós-Graduação (200B, prédio Lilás).

Banca examinadora:
- Dr. Wilson Kindlein Junior (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
- Dr.ª Jacinta Sidegum Renner (Centro Universitário Feevale).

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A Sombra do Vento

Uma das coisas que mais ADORO, é poder colocar a leitura em dia. É o melhor das férias. A Sombra do Vento, de Carlos Ruiz Zafón, é uma dessas raridades. Por mais de 60 semanas na lista dos livros mais vendidos da Espanha, onde seu sucesso o fez ser considerado um verdadeiro fenômeno literário. Ambientado na Barcelona franquista da primeira metade do século XX, entre os últimos raios de luz do modernismo e as trevas do pós-guerra, o romance de Zafón é uma obra sedutora, comovente e impossível de largar. Além de ser uma grandiosa homenagem ao poder místico dos livros, é um verdadeiro triunfo da arte de contar histórias. Há muito tempo não sentia isso de não querer ser incomodada por nada nem por ninguém, e apenas mergulhar no mundo dos personagens.

Em todos as leituras que faço,busco encontrar algo relativo a inclusão, que se manifesta em situações preconceituosas. Destaco aqui um dos trechos que me comoveu muito, quando um relojoeiro muito educado, Dom Federico, foi torturado por trabalhar como travesti à noite. Ele é um personagem querido por todos, e ninguém acredita na perseguição que ele sofre e qual a causa de tamanha maldade.

Aqui transcrevo um trecho da página 129 – quando uma de suas vizinhas ao saber da tortura sofrida .

“-Coitadinho é pessoa bondosa e não se mete com ninguém. Por que gosta de se vestir
de mulher e sair cantando? E daí? As pessoas são muito malvadas”....
...” - Malvadas não – observou Fermín, - Imbecis, o que não é a mesma coisa.
O mal pressupõe uma determinação moral, intenção e certa inteligência.
O imbecil ou selvagem não pára para pensar ou raciocinar. Age por instinto, como
besta de estábulo, convencido de que está fazendo o bem, de que sempre tem razão e
orgulhoso de sair fodendo, desculpe, tudo aquilo que lhe parece diferente dele próprio, seja
em relação à cor,nacionalidade, credo ou idioma , no caso de dom Federico, pelos
hábitos que tem nos momentos de ócio”....

Fiquei me perguntando se o que acontece nas escolas, de acordo com o

personagem

Fermím é maldade ou imbecilidade????


Iniciando um novo ano com as palestras já agendadas nas

Secretarias de Educação, tanto aqui no RS,

quanto em outros estados,

espero poder passar para os responsáveis pelas salas

de aula algoque desmistifique a

inclusão e que os faça acreditar num novo

caminho para uma educação de

qualidade. Mas à medida que conheço mais o ser humano

vejo o quanto é difícil fazer

alguma mudança real de pensamento...

Ah, o livro é lotado de personagens maravilhosos,

numa trama muito intrigante e adorável.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Inclusão de Verdade

Neste ano tive a oportunidade de vivenciar uma das experiências mais verdadeiras do que é uma Escola Inclusiva. Meu filho, juntamente, com seus colegas tiveram a formatura no Ensino Médio na Feevale. Afora a emoção de participar da formatura do filho, havia também 3 colegas muito especiais. O Guilherme que acompanho desde os 5 anos, com Paralisia Cerebral, a Carol uma menina com Síndrome de Down, e dois cegos o Anderson e o Gabriel. Ao longo destes anos pude vivenciar os desafios impostos por trabalhar com pessoas tão diferentes, parabenizo os professores e toda equipe diretiva por realizar um trabalho de tanta qualidade. Mais do que preparar para o vestibular, a Escola de Aplicação da Feevale, proporciona um preparo para a vida com respeito pelas diferenças. Um grande exemplo de Inclusão de Verdade, com o respeito pelo potencial de cada um. Acredito que várias escolas possam buscar o modelo da Feevale, se quiserem realizar uma inclusão de fato. Possível e perfeitamente realizável, com boa vontade que considero o ingrediente fundamental.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

FELIZ NATAL !!!!


Pois é, mais uma vez chegou o Natal e foi um ano com tanta correria, orientações, bancas, aulas, viagens ... uma loucura. Mas foi um ano muito bom , onde as batalhas pela inclusão foram vencidas.

Desejo a todos um Natal universal, abrangente, caloroso ...
Uma das mais coloridas celebrações da humanidade, a maior festa da cristandade surgida do cristianismo no Ocidente. Época em que todo o sonho é permitido e somos todos sonhadores e também batalhadores por um mundo mais justo.
Um grande abç

Regina

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Acionador de Olhar Software Free

Softwares desenvolvido por pesquisadores da Espanha possibilitam pessoas com deficiência - que não podem movimentar os membros superiores - a se conectar à internet ou usar o computador.

Um dos programas é o Headmouse, que permite o controle do cursor do mouse por movimentos de cabeça. O software faz a identificação da face por meio de uma webcam e pode ser utilizado por qualquer usuário.
O Teclado Virtual possibilita o usuário redigir textos mediante qualquer dispositivo capaz de controlar o cursor da tela. O teclado também não requer formação prévia, e funciona através de um aplicativo que aparece na tela do computador .

Para baixar é só ir diretamente no site http://robotica.udl.cat/

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Encontro Internacional de Tecnologia e Inovação para Pessoas com Deficiência



A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência organiza, entre 08 e 10 de dezembro, no WTC Sheraton, na capital paulista, o primeiro Encontro Internacional de Tecnologia e Inovação para Pessoas com Deficiência.
O objetivo do evento é promover uma grande discussão sobre a importância das tecnologias assistivas e ajudas técnicas no processo de reabilitação e no dia-a-dia das pessoas com deficiência, com mobilidade reduzida, permanente ou temporária, idosos e seus familiares, cuidadores, profissionais da saúde, educadores e, em grande medida, de toda a sociedade, cada vez mais diversa e inclusiva.
Paralelamente, esta iniciativa visa fomentar a fabricação e a oferta desses produtos no mercado nacional, estimulando a inovação, a produção em larga escala e o seu barateamento para o público consumidor, garantindo, assim, uma melhor qualidade de vida para aqueles que os necessitam.
A programação do Encontro contempla:
Seminários sobre os principais temas relacionados a esse universo, com a participação de especialistas, nacionais e estrangeiros.
Exposição de produtos e serviços, com mais de 50 empresas e instituições de vários países, tendo como foco a inovação tecnológica, bem como as novidades introduzidas pela Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, do IMREA – Instituto de Medicina Física e de Reabilitação (HC FMUSP) e do Instituto de Reabilitação Rede Lucy Montoro.
Rodada de Negócios tendo como convidados, de um lado, os expositores e, do outro, investidores, empreendedores, instituições da área da saúde e grandes varejistas.
O Encontro Internacional de Tecnologia e Inovação para Pessoas com Deficiência insere-se em um momento oportuno, tendo em vista o aumento da conscientização sobre estas questões, inclusive em função das transformações sociais e infraestruturais que a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016 exigirão.
Com este evento, assim como através de suas demais ações, a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência está segura de sua contribuição para garantir o acesso das pessoas com deficiência a todos os bens, produtos e serviços existentes, no sentido de construir uma sociedade melhor para todos.
Serviço
O Encontro Internacional de Tecnologia e Inovação para Pessoas com Deficiência acontece de 08 a 10 de dezembro de 2009, no WTC Sheraton – Avenida das Nações Unidas, 12.551 – Brooklin Novo – SP, das 8h às 20h.